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quinta-feira, 29 de maio de 2014

A MISERICÓRDIA E A OBEDIÊNCIA DEIXAM PROFUNDAS MARCAS




Vale a pena ser fiel a Deus vivendo constantemente no anonimato? Olhamos para pessoas com pouca espiritualidade e discipulado, mas que sobem rapidamente ao “estrelato” e olhamos para nós próprios e notamos como não somos percebidos. Vamos continuar a servir ao Senhor com o mesmo entusiasmo ou diminuímos nossa chama até que ela se apague? O texto de Lucas 1.57-66 mostra o que aconteceu com um anônimo casal quando a misericórdia de Deus e a obediência deles se encontraram.

Isabel, uma mulher idosa, chegou ao tempo de dar à luz. Só este fato era extraordinário, um verdadeiro milagre. Seu idoso marido Zacarias havia recebido esta comunicação de um anjo e, por não acreditar, tinha ficado mudo. Chegou a hora e nasceu um lindo bebê (v. 57). Como não havia hospital naquela época, deu à luz em sua casa, na região rural da Judeia. Os vizinhos do casal vieram até a casa deles e perceberam algo importante: Deus tinha tido misericórdia deste casal. Deus não olhou para os pecados ou a incredulidade deles mas concedeu o que tanto tinham desejado (v. 58). “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos e elas não têm fim”. Você está onde está e tem o que tem porque o Senhor olha com misericórdia para você. Aqueles vizinhos foram fazer uma festa na casa do casal porque se alegraram com a bênção que eles receberam. Como é bom ter amigos que se alegram com nosso sucesso, nossa vitória. O verdadeiro amigo alegra-se pela conquista do outro. Será que podemos ter igrejas cheias de amigos de verdade? Você valoriza a vitória de seus amigos?

Como fiéis israelitas que eram, Zacarias e Isabel levaram o menino para a cerimônia da circuncisão conforme preceituava a Lei de Moisés (v. 59). Era nesse momento que o pai dava o nome ao filho. Só que havia um problema sério: o pai não falava desde que tivera a visão de um anjo e isto já acontecia a mais de nove meses. Os parentes queriam dar o nome do próprio pai: Zacarias. A mãe, que sabia da história do anjo, disse que o nome do menino seria João, que significa: “Yahweh (o Senhor) é gracioso” (v. 60). Os parentes ficam zangados com ela pois não havia em toda a parentela conhecida, ninguém com este nome (v. 61). Parece que era tradição só colocar nome que já tivesse pertencido a alguém da família. Veja como a tradição, algumas vezes, vai contra a vontade de Deus. Analise as tradições religiosas que você segue e observe se elas de fato seguem a vontade de Deus expressa na Bíblia.

Sinalizaram, por mímica, a João para que ele expressasse, de alguma forma, o nome (v. 62). Zacarias escreve numa tabuinha assim: “João é seu nome” (v. 63). Zacarias não escreveu que o nome dele será João. Ele escreveu que o nome dele já era João. Isto significa que Zacarias obedientemente se rende ao que o Senhor tinha dito. Estava curado de sua incredulidade manifestada ante o anjo do Senhor e voltava à sua obediência incondicional a Deus. Mas, todos ficaram maravilhados, assombrados quando, neste momento, Zacarias começou a falar novamente (v. 64). Zacarias deve ter pronunciado o nome de seu filho e depois enunciou frases de louvor e honra ao Deus a quem ele servia. A obediência a Deus, por fé, liberta nossa vida. Somos verdadeiramente livres quando nos submetemos ao senhorio do Senhor Jesus. Sua libertação espiritual não está em orações poderosas de pastores ou líderes religiosos, não está em sal grosso ou campanha de 7 dias. Ela está na obediência espiritual e ética ao Senhor Deus.

O sentimento de parentes e vizinhos do casal era de temor de Deus. Eles ficaram impressionadíssimos com tudo que presenciaram (v. 65). Tão forte foi a impressão dos acontecimentos ligados ao nascimento de João, que o relato espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia, onde moravam os pais. O “esquecido” casal de idosos fazia história. Mas a ênfase mudou dos pais para o filho (v. 66). As pessoas que ouviam este relato perguntavam a si próprias: “que destino extraordinário terá esta criança que nasceu através destes feitos notáveis?” A partir daí, Deus passa a amparar e dirigir a vida de João.
Diz a letra de uma bela música: “eu não preciso ser reconhecido por ninguém; a minha glória é fazer com que conheçam a ti e que diminua eu e que tu cresças, Senhor, mais e mais ... tua graça me basta e tua presença é meu maior prazer”. Que seja assim com você.

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