Muitos irmãos trazem
consigo a concepção que o batismo no Espírito Santo, só é concebido aos que falam línguas
estranhas, mas esse entendimento é um equívoco, porque segundo a Palavra, o
falar língua estranha é apenas um dos dons espirituais, e, muitas vezes, o irmão
não fala em línguas, mas recebeu outro dom, e
já está selado com a promessa da salvação (Atos 19.2 e Efésios 1.11-13).
Vejamos:
Ao terceiro
dia, Jesus Cristo ressuscitou e pôs-se no meio dos apóstolos, onde estavam
reunidos e disse-lhes: Paz seja convosco.
E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito
Santo (João 20.20-22).
E o livro de
Atos 1.5-8, narra que no período entre a ressurreição do Senhor e a sua
ascensão à Glória do Pai, Ele se apresentou novamente entre eles e lhes disse:
João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito
Santo, não muito depois destes dias.
Recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto
em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
Promessa
consumada no livro de Atos cap. 2, ao cumprir-se o dia de Pentecostes, ocasião
em que estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do Céu um som,
como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
E fora
vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre
cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar
noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E
correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa porque cada um os
ouvia falar na sua própria língua.
Observe
que os Apóstolos foram agraciados pelo Espírito Santo do Senhor Jesus, em duas
ocasiões, separadamente e com finalidades distintas.
Primeiramente o Senhor assoprou o Espírito sobre eles, numa unção
designada para a salvação (João 20.20 a 22). Posteriormente, no dia de
Pentecostes os ungiu para obra do ministério (Atos 2.1-4). A partir daquele
momento deu-se início a maior e a mais extraordinária obra de Evangelização em
toda terra, porque Deus era com eles, pelo Espírito Santo do Senhor Jesus.
Assim
também, ocorre conosco, quando há arrependimento e conversão, recebemos o selo
da promessa do Espírito Santo para a salvação da vida eterna. Observemos:
Atos dos
Apóstolos 2.37-39, disse-lhes Pedro a multidão que os ouvia: Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a
vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso
Senhor, chamar.
Palavra
confirmada na Carta de Paulo aos Efésios 1.12 e 13, onde diz: Nós, os que de
antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a Palavra
da verdade, o Evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes
selados com o Santo Espírito da promessa.
Assim
sendo, na sua conversão já recebeste o Espírito Santo de Deus para a Salvação,
resta porem, procurar com zelo os dons Espirituais para a obra do seu
ministério para o qual foste chamado por decreto do Altíssimo.
LINGUAS ESTRANHA E OS DONS ESPIRITUAIS
No Novo
Testamento, observamos o dom de língua estranha em duas formas distintas:
Descreve o capítulo 2 de Atos, que a primeira vez que os servos do Senhor Jesus
falaram em línguas estranhas, ocorreu no dia de Pentecostes (Atos capítulo 2).
Posteriormente, na primeira carta aos
Coríntios capítulos 12.1-10, refere sobre os dons espirituais para a obra do
ministério, vejam: Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que
sejais ignorantes, porque há diversidade de dons, mas o Espírito é o
mesmo.
E há
diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo, porque a um, pelo Espírito,
é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da
ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os
dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o
dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a
interpretação de línguas. Mas um só
Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como
quer.
E em I
Coríntios 14.1, está escrito: Procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua não fala aos
homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios.
Mas o que profetiza (pregar o Evangelho) fala aos homens para edificação,
exortação e consolação.
Observe
que no dia de Pentecostes, os apóstolos do Senhor Jesus falaram primeiramente
em línguas estranhas, mas para as nações estrangeiras que estavam presente, as
quais falavam outro idioma, mas os entendia porque falavam na sua própria
língua, pois a língua fora repartida de forma que todas as nações estrangeiras
presentes tiveram a oportunidade de conhecer o propósito de Deus para a alma
humana através do sacrifício do Senhor Jesus Cristo, pela pregação do Evangelho
pelos Apóstolos, na linguagem de origem de cada nação.
E
posteriormente nas cartas, a Palavra fala sobre os dons espirituais, e adiciona
o dom de língua estranha ou língua dos anjos, como um sinal para os infiéis,
para que se cumpra a palavra no livro de Joel 2.28, 29, porem, mostra a
necessidade da interpretação da língua estranha, aliás, há um dom específico
para interpretar essa língua, para que satanás não venha exaltar seu reino na
congregação dos santos, e também para que a igreja de Cristo seja edificada.
E o
capítulo 14 da primeira carta aos Coríntios, disciplina o zelo indispensável
para que a igreja seja edificada por esse dom, onde a Palavra ressalta a
importância de falar em línguas, mas alerta que, mais importante é o dom de
profetizar.
O
profetizar não é adivinhação como vem acontecendo em muitas comunidades
religiosas, mas profetizar como pregação do Evangelho, pelo qual está declarada
todas as profecias para a vida vindoura, que é a salvação para a vida eterna,
para os que crêem em Jesus Cristo, como seu único e suficiente salvador.
Meditemos:
Porque o
que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o
entende, Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e
consolação. O que fala língua estranha
edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
O que
profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também
interprete, para que a igreja receba edificação.
Porque se,
com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o
que se diz? Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa
interpretar.
Porque,
se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento
fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o
entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
Todavia eu
antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para
que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua
desconhecida.
Se, pois,
toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e
entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum
indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é apreciado.
Quando vos
ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua,
tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar língua
estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja
intérprete.
Mas, se
não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
E falem dois ou três profetas, e os outros apreciem.
Mas, se a
outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
Porque todos poderão profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam
e todos sejam consolados.
Porque
Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos
escrevo são mandamentos do Senhor.
Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar
línguas. Mas faça-se tudo decentemente e
com ordem.
Tivemos a
graça de conhecer em conformidade com a Palavra sobre língua estranha, como
também a ordem nas reuniões, há um confronto visível relacionado ao que se
praticam hoje na maioria das igrejas denominacionais.
Lamentavelmente, até os dons espirituais está sendo banalizado pelo
homem, porque o falar em línguas não é compatível com as frases decoradas que
ninguém entende, as quais, os pregadores repetem inúmeras vezes, numa falsa
demonstração de unção espiritual.
Porventura
teria o Espírito Santo de Deus modificado a forma de operar e manifestar a
glória do Pai? A Palavra alerta que falando alguém línguas estranhas, que haja
também intérprete, e se não há quem a interprete, o profeta deve permanecer
calado e orar em espírito, porque o espírito está sujeito ao profeta.
Mas a
Palavra afirma que precisamos procurar com zelo os dons espirituais para a obra
do ministério, pelo qual fomos chamados, para edificação da Igreja membrada no
Corpo de Cristo.
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